O mercado residencial prime registou, no terceiro trimestre deste ano, o crescimento mais contido dos últimos dois anos, refletindo um abrandamento conjuntural a nível global. Ainda assim, os preços mantiveram uma trajetória positiva, com uma valorização média anual de 2,5%.
Os dados constam do mais recente relatório global da Knight Frank, da qual a portuguesa Quintela + Penalva é associada desde 2021, que acompanha a evolução dos valores residenciais prime em 46 cidades em todo o mundo.
Apesar do abrandamento generalizado, Lisboa surge entre os mercados com desempenho positivo, registando uma subida anual de 3,1%, posicionando-se na 18.ª posição do ranking global. “Estes dados evidenciam a capacidade de crescimento, de captação de investimento e de resiliência de Lisboa. Demonstram igualmente que, ao longo dos últimos anos, a cidade tem vindo a consolidar-se como um destino de referência do mercado residencial de alta qualidade”, afirma Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva, associada em Portugal da Knight Frank.
O continente europeu apresenta um quadro de estabilidade moderada: Madrid (+6,1%), Zurique (+5,4%), Genebra (+4,2%) e Frankfurt (+3,1%) mostram crescimento robusto. Paris avança 1,4%, mantendo recuperação gradual. Londres regista uma queda anual de -3,6%, afetada pelo custo de financiamento e pela sensibilidade do mercado às expectativas macroeconómicas.
Lisboa volta a destacar-se no contexto internacional, ao registar uma valorização anual de 3,1% no segmento residencial prime. Este desempenho é sustentado por uma procura estruturalmente superior à oferta disponível, pela contínua atratividade junto de compradores internacionais, apesar dos recentes ajustamentos no enquadramento fiscal, e por uma estabilidade relativa face à maior volatilidade observada noutras capitais europeias.
O desempenho da capital portuguesa supera várias cidades comparáveis, como Berlim (2,7%), Dublin (2,3%), Paris (1,4%) e Londres. “Acreditamos que os preços em Lisboa e noutras regiões do país, como Comporta, Cascais – Estoril ou Porto, continuam a apresentar potencial de valorização nos próximos anos. Este dinamismo resulta não apenas da elevada qualidade dos novos projetos em desenvolvimento e da crescente procura por parte de investidores nacionais e internacionais, que procuram mercados sólidos, seguros e sustentáveis”, refere Francisco Quintela.