O mercado imobiliário da Grande Lisboa manteve uma trajetória de crescimento ao longo dos primeiros dez meses do ano, com um aumento de 7% no número de transações. A dinâmica foi fortemente impulsionada pela procura internacional, com compradores de 93 nacionalidades diferentes a realizar operações na região, de acordo com dados da Remax.
Num universo de cerca de 5.400 transações efetuadas por estrangeiros, aproximadamente metade concentrou-se nos concelhos de Lisboa e Sintra. No município de Lisboa, que representa cerca de um terço do mercado da Grande Lisboa, os brasileiros assumem a liderança entre os compradores internacionais, com 21% das transações, seguidos por norte-americanos (10%) e franceses (7%).
Neste período, os europeus reforçaram a liderança e passaram a representar mais de um terço das transações estrangeiras, com destaque para ucranianos, russos, franceses, italianos e ingleses. As compras de cidadãos europeus e das Américas Central e do Sul aumentaram, em particular de brasileiros e argentinos, enquanto as de origem africana e asiática recuaram ligeiramente.
O Brasil manteve-se como a principal nacionalidade estrangeira na região, responsável por cerca de 7% de todas as transações da rede e por uma em cada quatro operações não nacionais.
O interesse dos cidadãos norte-americanos, que tem crescido nos últimos anos, revelou-se mais diversificado geograficamente. A Grande Lisboa representa agora 37,5% das transações desta nacionalidade em Portugal, deixando de concentrar a maioria das operações. No total, compradores dos Estados Unidos da América concluíram negócios em 132 concelhos do país.
No que respeita ao tipo de imóvel, os investidores estrangeiros demonstraram uma forte preferência por apartamentos, que representaram 77% das transações, seguidos por moradias (8%) e lojas ou escritórios (7%). Entre os apartamentos, as tipologias T2, T3 e T1 foram amplamente dominantes, representando respetivamente 46%, 27% e 19% das aquisições, somando mais de 90% das compras realizadas por este segmento.
O preço médio dos imóveis adquiridos por clientes ou investidores estrangeiros na Grande Lisboa atingiu cerca de 310 mil euros, refletindo uma subida de 11% face aos aproximadamente 279 mil euros registados no mesmo período de 2024, independentemente da nacionalidade, tipo de imóvel ou localização dentro da região.
Segundo Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal, “a expansão e diversificação do investimento estrangeiro, aliada à sua forte concentração em concelhos-chave da Grande Lisboa, evidenciam a capacidade atrativa desta área, não só pela sua localização privilegiada, como também pelo dinamismo das oportunidades de negócio. Estes indicadores demonstram a confiança que investidores de várias origens depositam na rede Remax e no mercado imobiliário português”.