2021 será mais favorável para o imobiliário português

Não obstante, em 2021 é necessário manter uma atenção redobrada para os riscos financeiros desta conjuntura a longo prazo. Isto porque o mercado não está imune à crise provocada pela pandemia, ainda que tenha dado sinais de recuperação nos últimos meses.As casas são um bem essencial, de primeira necessidade e como tal serão sempre alvo de procura pelo que, logo por essa via, haverá sempre uma pressão sobre os preços. No contexto nacional, onde persiste um certo desajuste entre a oferta e a procura, esta caraterística ganha relevância. Por outro lado, as dificuldades vividas em 2020 foram provocadas por razões de segurança sanitária e de saúde pública e não por motivos financeiros, estes sim com um maior impacto sobre o mercado. Adicionalmente, as perspetivas de recuperação a médio e longo prazo são positivas e sendo a compra de uma casa um investimento de longa duração, também por esta via se justifica uma certa estabilização dos preços. Em complemento, a boa adaptação à nova realidade pelos vários intervenientes, as moratórias bancárias ou as baixas taxas de juro, entre outros fatores, todos no seu conjunto conduzem e conduzirão a uma estabilização dos preços. As casas continuaram a ser avaliadas pelos critérios que usualmente se aplicam, como a localização, o estado de conservação, as acessibilidades, as áreas, mais do que pelo único critério de crise pandémica.Apesar de 2020 ter sido um ano completamente atípico em alguns sentidos, 2021 será certamente um ano mais favorável para o mercado imobiliário português.

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