O futuro passa pelos edifícios conectados

Já o futuro, é a energia. Porquê? Porque o digital vai colocar uma pressão maior sobre a gestão de energia e isso leva a que tenhamos de obrigatoriamente repensar os edifícios onde passamos a maior parte das nossas vidas. Por outro lado, sabemos que em 2014, existiam cerca de 1.7 mil milhões de dispositivos conectados em edifícios a nível mundial e que esse número vai mais do que triplicar em 2020, atingindo os 5,5 mil milhões. Imaginam o que isso representa? A transformação digital aliada à inteligência artificial estão a alterar a forma como vivemos e lidamos com a tecnologia e em breve, será possível que os edifícios se tornem “seres vivos” e fontes de informação. A Internet of Things (IoT) está à distância de um clique e tem um impacto tremendo nos edifícios que deixaram de ser apenas espaços, estando hoje dotados de inteligência e mecanismos que integram um conjunto de soluções que permitem reforçar o conforto e produtividade dos seus utilizadores, assim como contribuir para a sustentabilidade do planeta. Não há forma de voltar atrás, a tecnologia trouxe a possibilidade de encarar de outra forma a eficiência energética, mas também a eficiência operacional. O desafio reside na forma como utilizamos essa mesma tecnologia, como recolhemos, analisamos e aplicamos os dados gerados. A gestão energética de cada edifício continua a ser o outro grande desafio, se tivermos em linha de conta que o consumo de energia a nível mundial vai aumentar cerca de 60% nos próximos 20 anos, com aproximadamente 60% desse consumo sendo realizado pelos edifícios. Acreditamos estar aqui a importância da produção de dados em tempo real e adoção de tecnologias capazes de os analisar e os transformar em informação útil. Através da utilização de arquiteturas integradas como o EcoStruxure™ da Schneider Electric, uma plataforma e arquitetura habilitada para o IoT, aberta, integrada e interoperável, que abrange produtos conectados, controlo de proximidade e apps, analítica e serviços, sabemos que é possível uma redução na ordem dos 30% (em média) em termos de custos energéticos, o que é considerável. Só é este dado revela a necessidade de caminharmos para um mundo de edifícios conectados. Só assim acreditamos será possível adotar com sucesso as novas tecnologias que vão surgindo. Tudo isto conduz-nos a um mundo de edifícios (cada vez mais) conectados e com inúmeras possibilidades, quer ao nível da construção nova como da reabilitação do parque imobiliário existente. Seja habitacional, seja empresarial as vantagens de ter um edifício “conectado” são inúmeras e visíveis dia após dia. O receio perante a tecnologia está no desconhecido e na capacidade de desmitificar a inovação e cabe-nos mostrar como é possível potenciar todas as vantagens e benefícios que nos permitam olhar para o futuro de outra forma. Se assim não for, os grandes centros urbanos não terão a capacidade energética necessária para lidar com o aumento da pressão populacional a que assistimos hoje em dia. Estima-se que em 2050, 2.5 mil milhões de pessoas viva em cidades a nível mundial. Estaremos dependentes da tecnologia e do que ela é capaz de transformar: No futuro, quando olharmos para uma casa, não será simplesmente mais uma casa, estaremos a olhar sim para um edifício dotado de inteligência capaz de fornecer dados que tornem as nossas vidas mais confortáveis. Assim esperamos.

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