O retalho e a logística estão diretamente correlacionados e complementam-se. Se não houver armazenagem ou transportes de mercadorias e bens, não existirão produtos nas lojas físicas, para consumo imediato, sendo assim fundamental existir um planeamento e coordenação entre os dois sectores.Um dos maiores dilemas para os operadores logísticos é a escassez de área locável, ou seja, pouca oferta de stock logístico de qualidade (armazéns) disponível nos principais eixos de Lisboa e Porto. Por outro lado, o aumento latente da exigência do cliente final junto dos retalhistas, leva a que se tenha vindo a verificar uma forte profissionalização do setor logístico em Portugal, atraindo grandes players internacionais do setor, que equacionam a construção de novos parques logísticos mais eficientes.No que diz respeito aos retalhistas, um dos principais desafios é a logística inversa, que envolve o serviço pós-venda, onde as empresas têm de ter capacidade para a devolução, troca e reparação dos itens adquiridos. Este tema leva a que seja necessário um constante repensar da cadeia de abastecimento, bem como a própria dimensão das instalações.Uma das oportunidades para os retalhistas é a hipótese de as lojas funcionarem, também, como pontos de recolha (picking point) e experiência, onde a venda do produto poderá ter origem na loja ou num sistema digital. Isto leva à procura de novos espaços comerciais, com diferentes layouts, inclusive zonas de armazenagem.