ADENE prepara alterações ao certificado energético

ADENE prepara alterações ao certificado energético

 

No âmbito da sua estratégia de atuação, a ADENE quer promover o «aprofundamento e aceleração da eficiência energética na habitação particular em Portugal» a começar pela melhoria da leitura, dos índices de adesão e sensibilização dos consumidores para os retornos ambientais e económicos, a prazo, do certificado energético.

Em comunicado, a ADENE fez saber que «está empenhada em melhorar» os índices de conhecimento e de adesão, as mensagens e a leitura, «avançando com a reformulação gráfica do Certificado». O anúncio foi feito após a apresentação dos resultados do último estudo da ADENE, de acordo com o qual apenas cerca de metade dos entrevistados já ouviu falar no Certificado Energético e menos de 20% alguma vez o solicitou. Para Manuel Bóia, Administrador da área de Sustentabilidade da ADENE, «importa esclarecer que o certificado energético tem enormes vantagens, muito superiores ao investimento inicial».

Em paralelo, e num momento em que já estão abertas as candidaturas ao financiamento de projetos no âmbito do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU 2020), a ADENE «vai apostar na divulgação e contínuo apoio à implementação» do programa. Manuel Bóia, explicou que o apoio da ADENE ao IFRRU 2020 visa «contribuir para a adoção dos melhores e mais adequados investimentos em eficiência energética através do Certificado Energético, identificando, assim, as medidas mais eficazes a implementar, financiar e executar, possibilitando uma validação muito ágil e praticamente instantânea com o acesso aos dados provenientes da plataforma do Sistema de Certificação Energética dos Edifícios».

Com efeito, o IFRRU 2020 conta com uma dotação orçamental de 1400 milhões de euros e que se estima poder alavancar até 2000 milhões de euros para apoio a projetos de reabilitação urbana e soluções integradas para a promoção de eficiência energética no âmbito dessas mesmas intervenções. Cada operação está limitada a 20 milhões de euros, na componente de reabilitação urbana, e a 10 milhões de euros, na componente de eficiência energética. Manuel Bóia, sublinha que o apoio da ADENE ao IFRRU 2020 visa «contribuir para a adoção dos melhores e mais adequados investimentos em eficiência energética através do Certificado Energético, identificando, assim, as medidas mais eficazes a implementar, financiar e executar, possibilitando uma validação muito ágil e praticamente instantânea com o acesso aos dados provenientes da plataforma do Sistema de Certificação Energética dos Edifícios».

A ADENE quer também investir na criação de uma nova marca distintiva para a etiquetagem energética das janelas, a ‘CLASSE+’ com o objetivo de facilitar as opções dos consumidores e valorizar o mercado das empresas do setor. Durante a apresentação da iniciativa a alguns dos principais operadores do mercado, em Lisboa, Manuel Bóia sublinhou que «bastará dizer que a substituição das janelas por outras mais eficientes pode significar mais de 5 milhões de euros de poupança de energia por ano para as famílias, um valor equivalente ao gasto médio anual em aquecimento e/ou arrefecimento de 50.000 famílias, para além de uma enorme melhoria do conforto das habitações e da saúde dos seus ocupantes, que se multiplicam em benefícios económicos ainda maiores».