Feira Popular dá origem a 700 habitações de renda acessível

Feira Popular dá origem a 700 habitações de renda acessível

 

Esta operação terá origem na venda dos terrenos da antiga Feira Popular. Uma proposta camarária, à qual a Lusa teve acesso, mostra que o município pretende construir diretamente «515 fogos, com áreas de comércio e equipamentos sociais, nos terrenos municipais não edificados no loteamento das Forças Armadas», integrados no Programa Renda Acessível.

Por outro lado, a «Segurança Social é proprietária de cinco edifícios na Avenida da República-Entrecampos, atualmente afetos a serviços que em breve serão transferidos para outros locais». Os mesmos serão reconvertidos para uso habitacional pela câmara, transformados em 122 novos fogos na Avenida da República e Campo Grande. Vão somar-se ainda 63 novos fogos a construir pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, nos lotes de que é proprietária na Avenida das Forças Armadas.

Explica também a autarquia que «esta intervenção realizar-se-á ao abrigo de um protocolo a celebrar entre a CML e o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que se encontra em fase final de negociação», cita o Observador, além de outro protocolo distinto a ser celebrado com a SCML.

Na Feira Popular e na parcela entre a Avenida Álvaro Pais e a linha de cintura do caminho-de-ferro deverão surgir edifícios de escritórios, comércio e habitação, de «promoção privada, na sequência de hastas públicas para venda dos terrenos que a Câmara se propõe realizar». As obras de urbanização, como a abertura de um novo arruamento no prolongamento da Rua da Cruz Vermelha ou a construção de um novo estacionamento público, ficam a cargo da CML.

Este projeto prevê ainda a construção de novos equipamentos como áreas verdes, 3 creches, um jardim de infância, unidade de cuidados continuados, centro de dia e lar, a recuperação do Teatro Vasco Santana e uma nova galeria de arte.

Durante a Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa, Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, anunciou que esta nova operação urbanística seria apresentada ainda durante o 1º semestre do ano. Segundo o edil, a ideia da câmara é «apresentar a todos uma visão integrada para o desenvolvimento de uma zona que tem uma oportunidade única para fazermos cidade. É das operações imobiliárias mais importantes do país este ano, certamente das maiores em toda a Europa, e será um momento marcante na vida da cidade».

Esta proposta, sobre a qual não são avançados valores de investimento ou prazos de execução, será apreciada na próxima reunião da Câmara Municipal de Lisboa, que vai determinar o início de um período de discussão pública de 22 dias úteis.