Geração millennial quer trabalhos mais flexíveis

Geração millennial quer trabalhos mais flexíveis

 

Os millennials, jovens que têm atualmente entre 17 e 34 anos, representam 32% da população empregada em Portugal e surgem com novos parâmetros de satisfação e de produtividade laboral.

De acordo com o estudo ‘Millennials@Work: expetativas sobre as empresas e lideranças em Portugal’, desenvolvido em parceria por BCSD, Deloitte Portugal e Sonae, a geração millennials ambiciona «carreiras boomerang, flexibilidade, equilíbrio entre vida profissional e pessoal e espaço para o crescimento e desenvolvimento do talento jovem».

Cerca de 50% dos inquiridos espera sair da organização onde trabalha nos próximos cinco anos e apenas 29% pensa ficar mais do que cinco anos na atual organização.

Na hora de escolher onde quer trabalhar, os millennials tendem a preferir aquelas que proporcionam equilíbrio entre vida pessoal e profissional, o que significa ter mais tempo de lazer. Mas este equilíbrio é também visto como uma forma de reconhecimento, respeito e flexibilidade do trabalho. Mais de 50% considera esta flexibilidade determinante para o work life balance, sendo o trabalho à distância (59%), a flexibilidade de horários (56%) e a utilização de dispositivos móveis (45%) encaradas como alavancas à produtividade.

Apesar do sucesso e o empreendedorismo não estarem no topo das suas preocupações, 81% dos millennials aspira tornar-se líder na sua carreira ou área de especialidade.

Para Sérgio do Monte Lee, partner da Deloitte Portugal, «as organizações não podem ficar indiferentes à vontade dos millennials de desejarem ter múltiplas experiências e desafios, sob o risco de verem os seus talentos partir. A mobilidade e a rotatividade são uma realidade com a qual as organizações têm de viver e que devem abraçar, repensando a forma como percecionam as carreiras para uma lógica de maior abrangência e pluralidade, nomeadamente através de uma gestão e acompanhamento mais próximo de alumni e até através da criação de ofertas de emprego conjuntas com outras organizações».