Investimento imobiliário global bate novo recorde de 1,6 biliões

Investimento imobiliário global bate novo recorde de 1,6 biliões

 

Os números constam da mais recente publicação da Cushman & Wakefield, “Global Investment Atlas 2018”, segundo a qual este ano deverá voltar a ser de crescimento e de novos recordes.

Os EUA continuaram a ser o país onde mais se investiu em imobiliário em todo o mundo. Contudo, a China lidera o ranking tendo em conta o investimento em projetos de promoção. Por outro lado, os países europeus garantiram «uma presença relevante no top das preferências dos investidores», segundo a consultora, com o Reino Unido, Alemanha e Espanha, em 5º lugar, a ocupar os lugares seguintes nesta lista.

Portugal, por seu lado, garantiu a 25ª posição no que concerne o volume total de investimento imobiliário, de 2.100 milhões de euros transacionados, mais 61% que no ano anterior.

Fazendo uma análise por cidades, Londres e Madrid destacam-se, ocupando o 1º e 2º lugar, respetivamente. A capital britânica é a mais procurada pelos investidores estrangeiros, apesar do Brexit e da insegurança que gerou. Por outro lado, Madrid subiu do 45º lugar do ranking para o segundo.

Escritórios e retalho perderam quota de mercado, com os ativos industriais e os terrenos para promoção a registar maior crescimento, nota a C&W.

Este ano de 2018, a nota deverá ser de crescimento para o volume de investimento, mas deverá ser inferior a 1%, mais acentuado na América Latina, na Europa ou na Ásia, entre 2% a 5%. No Velho Continente, a Europa Central e de Leste deverão crescer 14,5%, sensivelmente. Lisboa e Porto «também devem receber atenção reforçada por parte do capital estrangeiro, particularmente no setor de escritórios em Lisboa e de logística no Grande Porto», destaca esta análise.

Esta dinâmica deverá continuar a ser suportada «por níveis de liquidez ainda significativos, comportamentos favoráveis das economias e fortes expetativas de investimento corporativo num enquadramento de escassez de mão-de-obra qualificada que vai exigir estratégias de retenção por parte das empresas, nomeadamente a nível dos espaços de trabalho». Terão mais potencial de procura setores alternativos como escritórios em formato partilhado ou de coworking, hotéis, residências de estudantes, sénior, ou mesmo data centres e parques de estacionamento, entre outros.