Maioria do trabalho da construção é clandestino

Maioria do trabalho da construção é clandestino

 

Segundo Albano Ribeiro, presidente do sindicato, «em 70% dos casos, os patrões não descontam para a Segurança Social, ou descontam só uma parte, e não facultam meios de proteção», explicou à Lusa, depois de uma reunião com a Inspeção-Geral da Autoridade para as Condições do Trabalho. «O maior número de acidentes de trabalho acontece nas obras onde há precariedade e, portanto, clandestinidade», apontou.

Um dos grupos de risco, segundo o sindicalista, é o dos trabalhadores reformados, que, pelas suas baixas reformas, regressam ao trabalho: «são "presas fáceis", pois já não têm as mesmas capacidades físicas», cita o Observador.

Durante esta reunião, o sindicato apresentou a sua campanha de segurança no trabalho para 2018, com a qual quer conseguir que os trabalhadores da reabilitação urbana tenham os mesmos direitos de outros trabalhadores do setor a nível de proteção. Segundo Albano Ribeiro, «a ACT tem qualidade de inspetores, mas em quantidade não tem o número suficiente para fiscalizar tantas obras. Precisava de mais centena de inspetores».