Mercado de escritórios «perde terreno» no 2º trimestre

Mercado de escritórios «perde terreno» no 2º trimestre

No entanto, considerando que no segundo trimestre foram colocados 33.784 m², ao fazermos as contas constatamos que este valor evidencia uma perda de terreno face aos 43.641 m² transacionados entre janeiro e março.

Mas, e voltando à análise da Worx, embora o nível de absorção do semestre tenha ficado em linha com o do período homólogo, a área média por absorção decresceu 27,5% comparativamente. A razão, sublinha a consultora, é porque «assistimos a um maior número de transações no mercado, mas direcionado para áreas mais reduzidas».

Na opinião de Pedro Salema Garção, Head of Agency da Worx, «no geral, o ano de 2017 está ser encarado com mais confiança por parte das empresas e dos órgãos de decisão», sendo «expectável uma necessidade das empresas em expandiram as suas áreas. No entanto, a escassez de oferta de qualidade continua a ser um problema que o mercado enfrentará nos próximos tempos. As novas promoções que estão em pipeline são na sua maioria dirigidas para contratos de pré-arrendamento, havendo um claro desequilíbrio entre procura e oferta»

Olhando para o mapa do mercado de Lisboa, o Corredor Oeste (zona 6) e o Prime CBD (zona 1) foram as zonas mais dinâmicas no período em análise, com níveis de absorção de 22.185 m²e 15.398 m² respetivamente, ou seja: juntas concentraram 67% da área total negociada no semestre.

O setor mais ativo no período em análise foi o dos Consultores e Advogados, com a Abreu Advogados a protagonizar uma das maiores operações do semestre: ocupação total do edifício Av. Infante D. Henrique 26, num total 5.144 m². Seguiram-se as TMT´s & Utilities e Serviços Financeiros.