Stock imobiliário tem dificuldade de escoamento em Angola

Stock imobiliário tem dificuldade de escoamento em Angola

 

Esta é uma das principais conclusões do Snapshot Angola, publicado pela Colliers, segundo o qual «embora o mercado habitacional de Luanda se tenha vindo a manter em níveis de actividade elevados, zonas como Talatona possuem um nível de stock que tem revelado dificuldades no escoamento e alguma redução de preços e rendas». Isto mostra que, embora «com alguns sinais de esperança», o mercado de Angola ainda enfrenta dificuldades.

Segundo a consultora, «alguns segmentos têm revelado menores dificuldades, mas é na distribuição espacial que se notam as maiores diferenças, sobretudo entre a cidade de Luanda e o resto do país». Por exemplo, em Luanda o preço da habitação varia entre os 4.200 e os 6.000 dólares por metro quadrado, valor que é de 1.500 a 4.000 dólares na cidade do Huambo, ou de 2.000 a 4.250 dólares em Cabinda.

Na área dos escritórios, nota para as «dificuldades de financiamento local», que abrandaram o crescimento da oferta de espaços: «o menor volume de negócios reduziu a procura de escritórios. A conjugação destes dois factores têm segurado as rendas prime praticadas» entre os 60 e os 90 dólares por metro quadrado por mês no CBD de Luanda.

E, na hotelaria, «em Luanda, a fase mais difícil parece ultrapassada. Em 2017, a ocupação e os preços médios por noite não sofreram alterações substanciais, mantendo o RevPAR de Luanda entre os mais elevados de África». A ocupação fixa-se nos 65%, e o preço médio por quarto entre os 280 e os 450 dólares por noite.

A consultora deixa ainda a nota de que «a eleição democrática do novo Presidente João Lourenço decorreu sem sobressaltos, mantendo a estabilidade e dinamizando a economia Angolana, que se prepara para voltar a uma época de crescimento».

E «apesar das dificuldades, a Colliers ampliou serviços e clientes ao largo portfolio que já possuía. Hoje, a Colliers é uma imagem de segurança, de experiência e de profundo know-how do mercado imobiliário de Angola».