De acordo com os números da AHETA, os bons resultados conseguidos ao longo do ano devem-se, essencialmente, ao aumento da procura do mercado alemão, que cresceu 17,8%, e do irlandês, que cresceu 6,1%, e sobretudo ao crescimento dos restantes mercados externos com pouca expressão individual no volume total de dormidas, «suficiente para compensar a grande descida do nosso principal fornecedor de turistas, o Reino Unido», que desceu 8,6%.
No total do ano, à exceção dos hotéis de 5 estrelas, com uma descida de 5,6%, e da zona de Loulé/Vilamoura/Quarteira/Vale do Lobo/Quinta do Lago, que caiu 5,5%, todas as áreas geográficas do Algarve e todos os tipos de estabelecimentos melhoraram as suas ocupações médias, com o volume de vendas a crescer mais do que a ocupação, «o que significa uma recuperação dos preços praticados, muito afetados no passado pela crise de 2008», explica a AHETA.
Destaque também para o RevPar, que subiu 12% para 53 euros, tendo as receitas brutas ascendido a mais de 1.000 milhões de euros, 760 milhões dos quais respeitantes a alojamento.
Pela primeira vez, o alojamento local alcançou um número de inscrições de cerca de 118.000 camas, número superior Às 116.000 camas da hotelaria convencional, crescendo a um ritmo de 2.000 camas registadas por mês.
O Algarve recebeu 4,2 milhões de turistas em 2017, dos quais 1,1 milhões nacionais, num total de 20 milhões de dormidas.
A falta generalizada de mão-de-obra foi um fator marcante do mercado em 2017, a par dos efeitos da desvalorização da libra, ou o aumento dos combustíveis aéreos, a falência da Monarch, Lauda Air e Air Berlim, que tiveram efeitos diretos na faturação dos hoteleiros algarvios.
Em 2018, a AHETA prevê que a atividade se consolide, e não espera grandes aumentos nas taxas de ocupação, «embora o volume de negócios possa crescer ligeiramente, induzido, sobretudo, pelo aumento dos preços verificado nos anos transatos».