Taxa de ocupação do Algarve não era tão alta desde 2001

Taxa de ocupação do Algarve não era tão alta desde 2001

 

De acordo com os números da AHETA, os bons resultados conseguidos ao longo do ano devem-se, essencialmente, ao aumento da procura do mercado alemão, que cresceu 17,8%, e do irlandês, que cresceu 6,1%, e sobretudo ao crescimento dos restantes mercados externos com pouca expressão individual no volume total de dormidas, «suficiente para compensar a grande descida do nosso principal fornecedor de turistas, o Reino Unido», que desceu 8,6%.

No total do ano, à exceção dos hotéis de 5 estrelas, com uma descida de 5,6%, e da zona de Loulé/Vilamoura/Quarteira/Vale do Lobo/Quinta do Lago, que caiu 5,5%, todas as áreas geográficas do Algarve e todos os tipos de estabelecimentos melhoraram as suas ocupações médias, com o volume de vendas a crescer mais do que a ocupação, «o que significa uma recuperação dos preços praticados, muito afetados no passado pela crise de 2008», explica a AHETA.

Destaque também para o RevPar, que subiu 12% para 53 euros, tendo as receitas brutas ascendido a mais de 1.000 milhões de euros, 760 milhões dos quais respeitantes a alojamento.

Pela primeira vez, o alojamento local alcançou um número de inscrições de cerca de 118.000 camas, número superior Às 116.000 camas da hotelaria convencional, crescendo a um ritmo de 2.000 camas registadas por mês.

O Algarve recebeu 4,2 milhões de turistas em 2017, dos quais 1,1 milhões nacionais, num total de 20 milhões de dormidas.

A falta generalizada de mão-de-obra foi um fator marcante do mercado em 2017, a par dos efeitos da desvalorização da libra, ou o aumento dos combustíveis aéreos, a falência da Monarch, Lauda Air e Air Berlim, que tiveram efeitos diretos na faturação dos hoteleiros algarvios.

Em 2018, a AHETA prevê que a atividade se consolide, e não espera grandes aumentos nas taxas de ocupação, «embora o volume de negócios possa crescer ligeiramente, induzido, sobretudo, pelo aumento dos preços verificado nos anos transatos».