APEMIP admite quebra nos preços das casas

APEMIP admite quebra nos preços das casas

Em entrevista à TSF, o responsável explica que «não é uma questão única do setor imobiliário, mas este setor, como está muito próximo do turismo, está a sofrer rapidamente e já se nota isso. Neste momento, a preocupação das pessoas com a questão da doença faz com que coloquem, por exemplo, a decisão de compra de um ativo em segundo lugar, mas isso até é compreensível. O que não é compreensível é a quebra no investimento estrangeiro».

Lisboa e Porto podem ser as regiões a sentir mais este impacto. Mas Luís Lima alerta que, a acontecer, «não é um sinal positivo desta situação. Poderá ser uma questão momentânea, de pânico, que leva algumas pessoas, até por questões de tesouraria, a colocar as casas no mercado a preços mais baratos. Nas alturas de crise isto acontece, mas isto é uma crise demasiado forçada que não interessa a ninguém no país, infelizmente».

O responsável acredita que são precisos apoios do Governo às empresas nesta fase. E exemplifica que «devia haver um prazo em que não fosse possível exercer penhoras. O governo italiano tomou uma medida que vai ser extremamente positiva, no crédito à habitação, de uma mora para as pessoas poderem pagar os seus compromissos. Já temos uma preocupação com os trabalhadores, de como é que lhes vamos pagar, mas o Estado poderá ajudar-nos nessa parte. Temos de dar aos trabalhadores a garantia de que, quando passar esta fase, têm empresas para onde voltar», conclui.