Covid-19: Compradores querem retomar procura assim que possível

Covid-19: Compradores querem retomar procura assim que possível

Esta é uma das principais tendências identificadas num inquérito recente levado a cabo pela Savills, com base numa investigação interna de 50 especialistas em toda a rede global da consultora, para medir o pulso ao mercado residencial de todo o mundo.

O mercado residencial sofreu as consequências da pandemia da Covid-19, nomeadamente uma quebra do número de transações, pois as medidas de confinamento impediram as vendas em muitos países. Mas 90% dos entrevistados afirmaram que até 30% dos compradores deixaram de procurar ativos.

Relativamente à proporção de compradores que ainda procuram e que irão viajar assim que o confinamento for suspenso, em comparação com aqueles que suspenderam os seus planos por enquanto, houve uma distribuição bastante uniforme para ambos.

O inquérito mostra também que a maior parte dos entrevistados afirma que grande parte dos compradores espera conseguir preços mais baixos do que antes do confinamento, especialmente no caso de Espanha. A tendência é menos visível em destinos de luxo.

Por outro lado, apenas 6% dos vendedores estão a considerar, ou já removeram, as suas propriedades do mercado. A maioria planeia baixar os preços, ou mantem-nos.

Sophie Chick, diretora da Savills World Research, comenta em comunicado que «de todos os entrevistados, 47% avançam que os vendedores mantenham as suas propriedades no mercado aos preços atuais, embora 48% antecipem algum nível de redução de preços. No geral, poucos vendedores estão a sair do mercado e a maioria dos compradores ainda procura propriedades, criando muitas oportunidades de negócio após o fim do confinamento».

Nota ainda para o facto de que 30% dos mercados apontam a necessidade de alterações legais para facilitar os negócios. Por exemplo, a introdução do AAE (Ato Autêntico Eletrónico) em França, aumentou a flexibilidade dos notários, que tem agora o mesmo poder probatório de um documento em papel mas através de documentos eletrónicos. Também assistimos a alguns compradores a recorrerem a uma procuração local, para manter transações em andamento.