Construção “à medida” está a impulsionar os escritórios

Construção “à medida” está a impulsionar os escritórios

Com base no seu relatório trimestral “Lisbon Office MarketView”, a CBRE nota que a reduzida disponibilidade de espaços foi ainda mais sentida no 1º trimestre deste ano, quando foi registada uma absorção de 41.800 m², número que seria consideravelmente inferior excluindo uma única operação que representou 17.400 m².

Cristina Arouca, diretora de Research da CBRE, destaca que «a falta de oferta neste segmento poderá resultar na perda de competitividade na captação de novas empresas. Assim sendo, é fundamental que os promotores invistam na reabilitação e também em obras novas, para que se possa dar resposta à elevada procura existente».

O nível de absorção foi impulsionado pelo início da construção de um edifício à medida do ocupante. Segundo a CBRE, os números estão em linha com as expetativas da consultora, sendo que 44% dos negócios decorreram da mudança de instalações, e 20% da instalação de novas empresas em Lisboa. A vacancy rate atingiu os 6%, o que tem levado à subida (entre 3% e 7%) da renda prime em várias zonas da cidade, atingindo-se valores de 23 euros por m² nos melhores escritórios.

Até ao final deste ano, a CBRE estima que sejam concluídas obras em vários edifícios de escritórios, num total de 46.000 m² disponíveis, mas metade está pré-arrendada. Uma escassez de espaço que deverá continuar nos próximos anos, mantendo a construção de outros edifícios à medida do ocupante, uma subida das rendas e um maior número de contratos de pré-arrendamento.