Para estes especialistas, parecem não restar dúvidas que o coworking terá um peso cada vez maior nos escritórios de Lisboa e do Porto e que, embora ainda tenha uma importância relativa menor comparativamente a outros mercados europeus como Amsterdão, Londres ou Varsóvia.
Ainda assim, e mesmo com preços correspondentes a cerca de 15% a 20% dos praticados na região EMEA, em Portugal a receita mensal do coworking é cerca de 30% superior à média do mercado tradicional, e, diz ainda a Colliers, «uma secretária ocupada ao dia, só precisa de oito dias por mês para igualar a média do mercado».
Segundo o relatório, o coworking representa atualmente 9.5% do take-up de escritórios no mercado de Lisboa e 8.9% no caso do Porto, acima da média de 8% calculada para a região EMEA. Já o peso desta forma de ocupação no stock total de escritórios é de 1.4% e 1.7% em Lisboa e Porto, respetivamente, comparando com uma média de 1.5% na EMEA. Relativamente aos custos por secretária no corworking, as cidades portuguesas estão bastante abaixo da média da EMEA (€700), com Lisboa nos € 152 e o Porto nos €100, o que evidencia uma boa margem para crescer.
Pelas contas da Colliers existem atualmente 81 centros de coworking em Lisboa, somando perto de 60.000 m², dos quais 42.000 m² se concentram nas mãos de sete operadores, caso do LEAP, LACS, IdeiaHub ou a Regus. A consultora prevê que o peso desta forma de ocupação vá continuar a crescer este ano, ao mesmo tempo que a cidade vai continuar a atrair novos operadores internacionais, como a Unicorn Workplaces, que acaba de aterrar na capital portuguesa. No que toca a preços, o custo de uma secretária é, em média, de € 152 para um aluguer mensal, de 14€ para um aluguer diário e de €5,25 para quem preferir alugar à hora.
Mais a norte, no Porto o coworking ocupa cerca de 15.000 m², cerca de metade dos quais nas mãos de um único operador, a Regus. No que toca a valores, o custo médio de uma secretária ronda os €100 mensais, os €13,75 diários e os €4 por hora.