Habitação: FMI não vê necessidade de «intervenção política imediata»

Habitação: FMI não vê necessidade de «intervenção política imediata»

Apesar do forte aumento dos preços dos últimos anos, o mercado mostra agora sinais de desaceleração desta subida, e o FMI acredita que não são necessárias medidas políticas para colocar um travão nos preços, mas alerta que o mercado deve ser acompanhado de perto: «as autoridades portuguesas devem acompanhar de perto a evolução dos mercados hipotecários e estar prontas a ajustar as medidas macroprudenciais, se for preciso».

Os aumentos estiveram essencialmente ligados ao «forte crescimento do setor do turismo e aos investimentos diretos de não-residentes», refere o FMI num relatório publicado na última sexta-feira, principalmente desde 2014 e no mercado de luxo, salientando a importância dos “golden visa”.

No entanto, o FMI mostra-se mais preocupado com a concessão de crédito: «a maioria das transações imobiliárias não foi financiada com hipotecas. Ainda assim, se a forte subida dos preços continuar, isto poderá levar a um aumento dos créditos à habitação (inclusive através de operações de refinanciamento), aumentando, ainda mais, a exposição da banca ao mercado imobiliário», cita o Eco.