Novas residências de estudantes oferecem mais do que um quarto

Novas residências de estudantes oferecem mais do que um quarto

 

Em Portugal, este é um setor cada vez mais atrativo para os investidores, até porque há falta deste tipo de alojamento, principalmente de qualidade. Segundo a CBRE, dada a oferta de operadores internacionais, o alojamento profissional para estudantes revela-se uma alternativa bastante interessante para os investidores.

No último ano, contabilizaram-se mais de 360.000 estudantes em Portugal (mais 30% que em 2013), 40% dos quais em Lisboa e 12% no Porto, segundo a CBRE. 37.000 são estrangeiros, correspondentes a 10% do total, e escolhem Portugal pelo seu clima ameno, qualidade de vida, segurança acima da média, ou espaços ao ar livre, além de conseguirem realizar cursos totalmente em inglês com reconhecimento internacional.

Atualmente, segundo as contas da CBRE, os valores em residências disponibilizadas pelas universidades rondam os 300 euros mensais. No caso das residências privadas, que oferecem vários quartos por edifício, os valores rondam os 400 euros mensais em Lisboa e 300 no Porto. A par disso, existem poucos operadores de residências de estudantes já ativos no setor, como o HUB Alvalade ou o SPRU Sapadores.

Esta nova tendência está também a ser mais notada no Porto, onde a oferta de alojamento em residências com gestão especializada é ainda muito reduzido. Atualmente, insígnias internacionais com a Milestone, Collegiate ou Nido estão atualmente a desenvolver projetos que poderão significar um acréscimo de 3.000 camas em residências de estudantes especializadas no Porto.

John Rowlands, Diretor International Business & Valuations da CBRE Portugal revela que «este é um setor que está a tornar-se cada vez mais atrativo em Portugal, mas registamos ainda uma lacuna na oferta de residências de estudantes de boa qualidade. É uma excelente aposta para quem pretende investir no nosso país, uma vez que é esperado um aumento crescente no número de estudantes internacionais».

E completa que «se compararmos a oferta entre duas capitais europeias, como Lisboa e Londres, a diferença entre o número de estudantes e a oferta de alojamento é abismal. Enquanto em Londres, existem 35 mil camas para cada 300.000 estudantes, em Lisboa registamos o fenómeno de apenas 600 camas para cada 120.000, o que demonstra o potencial desta área».

A falta de imóveis para instalar este tipo de negócio será um dos principais desafios dos investidores, até porque é um setor que concorre com plataformas como a Uniplaces, com a habitação tradicional ou o alojamento local.