Porto licencia mais de 5.600 fogos nos últimos dois anos

Porto licencia mais de 5.600 fogos nos últimos dois anos

Segundo os números da Confidencial Imobiliário, o Porto continua a ser o segundo concelho do país com o maior pipeline residencial, logo depois de Lisboa, com 7.517 fogos e 876 projetos.

Os dados em causa foram apurados com base no Pipeline Imobiliário, um sistema estatístico com base nos pré-certificados energéticos emitidos pela ADENE na fase de projeto. Esta fonte cobre a totalidade do universo de obras novas em lançamento de promoção nova e reabilitação.

Nos dois anos analisados, a reabilitação urbana foi o tipo de obra predominante na habitação em pipeline no Porto, concentrando 66% (550) dos projetos e 51% (2.887) dos fogos. Já a construção nova representa 2.779 fogos distribuídos por 280 projetos.

Predominam também os fogos de pequena dimensão, T0 a T1, representando 62% das unidades. Segundo a Ci, este número não é alheio ao facto de 42% de toda a carteira do concelho nesse período se concentrar na zona da Baixa e Centro Histórico.

Ricardo Guimarães, diretor da Ci, explica que «este é o eixo de maior pendor turístico e onde o investimento residencial tem tendido para as tipologias que dão uma resposta mais eficaz à utilização de curta-duração, ou seja, as de menor dimensão. Aqui, os T0 e T1 são três quartos de todos os fogos que entraram em processo de licenciamento nos últimos dois anos».

Nos dois anos em causa, o Centro Histórico foi o claro destino de investimento em habitação no Porto, concentrando 42% dos fogos contabilizados, seguido por Paranhos, Bonfim e Marginal, com 10% a 14%, e por Ramalde, Foz e Campanhã, com quotas de 5% a 7% dos fogos em desenvolvimento.