Portugal é um dos países mais baratos para comprar casa na Europa

Portugal é um dos países mais baratos para comprar casa na Europa

 

Esta lista compara o preço por metro quadrado de imóveis com cerca de 120 metros quadrados localizados no centro das principais cidades europeias. Em Portugal, o preço médio ronda os 3.830 euros/m², abaixo da média europeia de 6.157 euros/m² para o mesmo tipo de imóvel.

O ranking é liderado pelo Mónaco, com um preço de 44.522 euros/m², seguido pelo Reino Unido, França, Rússia, Áustria, Suíça ou Noruega. Imediatamente depois de Portugal, estão a Grécia, Eslováquia, Bélgica, Eslovénia, Andorra, Ucrânia, Polónia, Hungria e, a fechar a lista dos 38, a Moldávia, com um preço por m² de 965 euros.

Luís Lima, presidente da APEMIP, acredita que o aumento dos preços no nosso país acompanha a tendência dos outros países europeus, «que é a de subida ou manutenção dos preços das casas, que mesmo assim ficam muito abaixo de países como Reino Unido, França, Espanha ou Alemanha, o que confirma que a ideia de que as casas em Lisboa já estão aos preços de Paris é uma falácia».

Para o responsável, este ranking mostra que «o imobiliário português ainda tem potencial de valorização se o investimento estrangeiro for devidamente encaminhado para fora das grandes cidades. Apesar de haver um populismo negativo e generalizado sobre este tipo de comprador, a verdade é que este cria riqueza, emprego e novas dinâmicas económicas que são imprescindíveis, por exemplo, no interior do país», completa.

Luís Lima alerta, no entanto, que este valor por metro quadrado não é compatível com a generalidade das famílias portuguesas, e que a tendência de subida dos preços se manterá por enquanto: «Portugal entrou na rota do investimento imobiliário. Dificilmente os preços em Lisboa ou Porto cairão, porque estas cidades estão hoje inseridas num mercado global e deixaram de estar circunscritas ao investimento nacional. É claro que este fator representa um problema para as famílias portuguesas, uma vez que o seu poder de compra não está nem perto do poder de compra dos demais cidadãos estrangeiros, pelo que urge a necessidade de introduzir no mercado ativos a preços acessíveis, que saciem as carências habitacionais que hoje se verificam».