Preços das casas recuperam impacto de 10 anos de inflação

Preços das casas recuperam impacto de 10 anos de inflação

Segundo a Confidencial Imobiliário, isto significa que em 2018 a subida dos preços das casas recuperou o efeito da inflação sentida desde 2008. As conclusões partem de uma análise de projeção que relaciona a evolução do seu Índice de Preços Residenciais com o Índice de Preços no Consumidor, apurado pelo INE.

A Ci conclui que, se os preços das casas não tivessem caído no final de 2007, e se tivessem acompanhado a taxa de inflação, estariam no final de 2018 12% acima daquele ano pré-crise, igualando a evolução acumulada do Índice de Preços no Consumidor.

No entanto, os preços decresceram cerca de 21% entre 2007 e meados de 2013, e a sua recuperação já compensou esta perda, fazendo com que, a nível nacional, estejam no final de 2018 no mesmo patamar que resultaria da sua projeção de 2008 até 2018 à taxa de inflação.

Ricardo Guimarães, diretor da Ci, comenta que «o mesmo é dizer que o mercado, mais do que proceder à subida nominal dos preços, já recuperou da perda que teve em termos reais. Nessa medida, pode dizer-se que está totalmente recuperada a perda que a crise implicou em termos reais, dando espaço a uma perspetiva de maturidade do processo de recuperação».

A Ci recorda ainda que o preço de venda da habitação em Portugal Continental aumentou 15,4% em dezembro de 2018, face a igual mês do ano anterior, apurou o Índice de Preços Residenciais. Em termos gerais, 2018 deu continuidade ao ciclo ininterrupto de 5 anos de valorizações homólogas, que se intensificou fortemente desde meados de 2017, quando as subidas homólogas superaram os 10%. Face a meados de 2013, no seu ponto mais baixo, os preços da habitação em Portugal já subiram 46%.