Hotelaria confirma impacto positivo das Jornadas Mundiais da Juventude

As Jornadas Mundiais da Juventude, que tiveram lugar na primeira semana de agosto, tiveram impacto positivo nos estabelecimentos hoteleiros da cidade e da Área Metropolitana de Lisboa, ainda que as expetativas iniciais dos hoteleiros tenham sido mais elevadas do que os números entretanto confirmados na realidade. É o que mostra o mais recente “Inquérito Flash – Jornada Mundial da Juventude 2023” apresentado esta quarta-feira pela AHP. Falando à imprensa na apresentação deste inquérito, feito entre 4 e 18 de setembro, Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP, afirmou que «a hotelaria estava ainda mais otimista do que a realidade veio a demonstrar, no entanto toda a região sentiu um impacto positivo na sua operação, e podemos afirmar que a performance foi interessante para a hotelaria tanto da cidade, como da Área Metropolitana de Lisboa». As expetativas de ocupação que os hoteleiros tinham em junho não se concretizaram durante a semana das Jornadas Mundiais da Juventude. Os hotéis da cidade de Lisboa esperavam atingir os 91% de ocupação neste período, mas este indicador ficou-se pelos 77%. Já na Área Metropolitana de Lisboa, as expetativas eram de atingir os 89%, e a realidade atingiu os 85%. «De alguma maneira, a realidade surpreendeu-nos, face às perspetivas de junho», comenta Cristina Siza Vieira. Mas o impacto positivo na região é inegável. Na semana do evento da Igreja Católica, 57% dos inquiridos pela AHP disseram ter registado uma taxa de ocupação entre os 80% e os 100%. 31% dos inquiridos de toda a região a reportar uma taxa de ocupação superior a 90%.Quanto ao preço médio, o esperado pela AML era de 219 euros, mas acabou por chegar aos 196 euros. Já na cidade, os 225 euros esperados comparam com os 221 euros efetivamente praticados. Estes preços ficaram acima do global do mês de agosto. No que toca à estada média, a realidade ficou mais alinhada com as perspectivas dos hoteleiros. Os turistas ficaram uma média de 3 a 5 noites tanto na AML como na cidade de Lisboa, bastante superior ao padrão habitual da cidade de Lisboa em agosto. No que diz respeito às nacionalidades, os principais mercados da AML durante a semana do evento foram, por ordem, Espanha, Portugal, EUA e França. Já em Lisboa, destacaram-se os EUA, Espanha, Brasil e França. Perceção do impacto do evento é mais positiva na Área Metropolitana de Lisboa A perceção do impacto do evento na Área Metropolitana de Lisboa aparenta ser mais positiva do que na cidade. Segundo o inquérito da AHP, 56% dos inquiridos da AML afirmou ter uma impressão positiva do evento, e 16% uma opinião negativa. Mas, em Lisboa, 44% mostram uma impressão positiva, e 37% negativa. Cristina Siza Vieira nota que «o impacto parece ter sido mais positivo na AML por terem existido menos constrangimentos ao quotidiano e à circulação do que na cidade».Na cidade de Lisboa, registaram-se mais reservas de participantes do evento (67% das reservas dos inquiridos) do que na AML (56% das reservas). Durante as Jornadas Mundiais da Juventude, o principal canal de reservas da hotelaria foi o Booking, seguido de perto pelos sites próprios dos hotéis, o que são boas notícias para a hotelaria. Ocupação desce ligeiramente em agosto Na AML, a taxa de ocupação durante a semana do evento foi inferior à do total do mês de agosto, nomeadamente de 85% durante as Jornadas, e de 88% em agosto. Já na capital, a ocupação foi de 77% durante as Jornadas e de 80% em agosto. Tanto na AML como na cidade a ocupação ficou abaixo de agosto de 2022, -2% e -3%, respetivamente. No que toca ao preço médio, os 183 euros da AML representam uma subida de 10,2% face aos 166 euros do ano passado. Também na cidade os 196 euros ficam 12% acima dos 175 euros de agosto de 2022.Por outro lado, a estada média manteve-se idêntica ao ano passado em toda a região, entre 1 e 3 noites em Lisboa e 3 e 5 noites na AML. Entre os principais mercados da AML em agosto estão Espanha, Portugal, França e EUA. Na cidade de Lisboa, os EUA, França, Espanha e Portugal, por esta ordem. Em termos gerais, 44% dos hoteleiros consideram que a sua operação em agosto foi melhor que a do ano passado, e 28% consideram que foi pior. Já na cidade de Lisboa, 56% dos hotéis considera que teve um melhor mês de agosto do que em 2022, e 33% mostram não ter ficado satisfeitos com a performance.

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