Preços do AL do Porto apenas 7€ abaixo de Lisboa

Preços do AL do Porto apenas 7€ abaixo de Lisboa

Esta é uma das conclusões do novo SIR – Alojamento Local, produzido pela Ci, que acompanha o desempenho deste mercado em Lisboa e no Porto. Este novo sistema está a ser desenvolvido desde início do ano, com o apoio das autarquias de Lisboa e Porto. A diária média mensal tem por referência uma estada de duas noites para duas pessoas em apartamentos T0 a T1 e resulta da recolha de informação sobre os fogos colocados em regime de alojamento local, anunciados nas principais plataformas online.

Segundo o relatório, a aproximação dos valores das duas cidades é ainda mais evidente na gama alta do alojamento local, avaliada pelo percentil 95 dos valores. Em julho a diferença foi de 6 euros entre os 119 do Porto e os 125 euros de Lisboa.

Na Invicta, a zona mais cara é o eixo Mouzinho/Flores, com uma diária média de 89,3 euros em julho, seguida pelos 84 euros da zona de São Bento/Sé e da Vitória/Taipas, com 79,8 euros – núcleos parte da ARU do Centro Histórico.

Outros quatro quarteirões registaram médias diárias em julho superiores ao total da cidade, entre os 72 e os 79 euros, nomeadamente os Aliados (78,8), Almada (72,9), Fontaínhas (76,7) e Duques (72,1). Tendo em conta a gama alta do mercado, destaque para os 147 euros da zona Mouzinho/Flores e para os 130 euros das Fontaínhas. Aliados e São Bento/Sé apresentam valores de 126 e 120 euros, respetivamente.

Por outro lado, em Lisboa a zona da Baixa e do Chiado é aquela que tem AL mais caro, com diárias médias em julho de 112,1 e 105,5 euros, respetivamente – os únicos dois bairros da cidade onde o valor ultrapassa os 100 euros.

Outros quatro registaram valores acima da média da cidade, entre os 81,2 e os 88,4 euros, nomeadamente a Bica, São Bento e Bairro Alto, além da Sé. Na gama alta, lideram também a Baixa e o Chiado, com diárias de 180 e 151 euros. Destaque também para os 173 euros da Bica, 130 de São Bento e 125 euros da Sé.

Ricardo Guimarães, diretor da Ci comenta em comunicado que «sendo o turismo uma atividade de crucial importância para a determinação do valor do imobiliário em Lisboa e no Porto, era crítico para os operadores aceder a métricas de desempenho relativas aos preços praticados, taxas de ocupação, níveis de oferta e volume de negócios, entre outros indicadores, numa malha urbana fina, à zona. O novo SIR-Alojamento Local vem dar estas respostas e ganha especial relevo pelo facto de produzir dados que assentam no mesmo zonamento do SIR – Reabilitação Urbana, a partir do qual se acedem aos preços de transação. Dessa forma, passa a ser fácil relacionar o valor de investimento com o rendimento gerado (RevPar)».