Novobanco vende «o melhor portfólio para promoção de sempre»

Designado «Projecto Eleonor», engloba entre outros aquele que é considerado um dos terrenos mais cobiçados para promoção na cidade de Lisboa, o do antigo quartel de Campolide, disponibilizando mais de 133.000 m² para construção na rua Artilharia 1, junto às Amoreiras. Composto por seis lotes, o projeto está licenciado e pronto a arrancar a construção, permitindo o desenvolvimento de 68.000 m² de habitação, com 570 casas, 55.000 m² de escritórios, 6.000 m² de comércio e 4.000 m² para serviços. Apresentado aos investidores como «uma oportunidade única para desenvolver um empreendimento residencial e de escritórios marcante em pleno coração de Lisboa», este era uma das joias da coroa da extinta promotora Temple, do empresário Vasco Pereira Coutinho, sendo que entretanto foi aprovada uma alteração ao projeto original de loteamento que tinha sido submetido ao município, com o objetivo de «melhorar a qualidade geral do masterplan». Posteriormente, e depois de já ter entrado para o balanço do banco, foi a localização prevista para acolher a futura sede do Novobanco, o que acabou por não se concretizar.Apresentado como «a melhor e uma das últimas oportunidades para criar uma plataforma de promoção imobiliária em Portugal», o Portfólio Eleonor tem estado a ser apresentado investidores de todo o mundo pela mão da JLL e da CBRE, as consultoras encarregues pelo Novobanco para encontrar o futuro comprador. Inclui «alguns dos melhores ativos para promoção disponíveis em Portugal», compreendendo cinco terrenos distribuídos entre as regiões de Lisboa e o Algarve, que somam uma área potencial de construção de 490.000 m², dos quais 48% destinados a uso residencial, 24% para turismo, 21% para escritórios e 7% para retalho, podendo ali ser criadas até 3.675 unidades residenciais e turísticas e 303 quartos de hotel.Entre outros argumentos, os vendedores destacam não só a diversificação dos segmentos englobados, a elevada exposição do portfólio a Lisboa, com três ativos em «micro-localizações diversificadas e consolidadas», aos quais se somam outros dois terrenos localizados «na melhor região turística de Portugal», o Algarve; mas também o facto de todos os ativos terem processos de planeamento já consolidados, com licenciamentos emitidos ou em fase avançada.Antigo quartel de Campolide vale 200 milhõesDe acordo com os vendedores, só o terreno das Amoreiras valerá cerca de 200 milhões de euros, correspondendo a 50% do valor proposto de venda. O segundo mais valioso é o ativo localizado em Benagil, no Algarve, ao qual o Novobanco atribuiu um valor de 68 milhões de euros. Já o terreno localizado nos Olivais Sul e o terreno localizado no complexo Cabanas Golf, em Oeiras, valem 52 milhões de euros cada. O ativo mais barato é o terreno localizado junto à Marina de Portimão, ao qual foi atribuído um preço de “apenas” 28 milhões de euros.Mais de 400.000 m² de construção entre Lisboa e o AlgarvePermitindo uma área de construção de 68.025 m² distribuídos por 11 lotes, o ativo de Benagil fica localizado de frente para o mar, junto à vila algarvia do Carvoeiro, e tem previsto o desenvolvimento de um eco-resort composto por hotel (15.000 m² e 150 quartos), branded residences (31.000 m² e 386 unidades), townhouses (16.000 m² e 242 unidades) e villas (2.500 m² e cinco unidades), além de 3.000 m² destinados a equipamentos. «Com grande potencial para se tornar num dos mais luxuosos e exclusivos resorts» da região, o projeto tem já aprovado o loteamento e o estudo de impacto ambiental, tendo sido já submetido a licenciamento o projeto de arquitetura de infraestruturas.Ali perto, no concelho vizinho de Portimão, o Novo Banco está a vender um terreno localizado junto ao rio Arade, e a dois passos da Marina, para o qual está previsto o desenvolvimento de um projeto de uso misto de grande escala, como a Vida Imobiliária já tinha noticiado, viabilizando a criação de 58.000 m² de habitação (652 fogos), de 39.000 m² para apartamentos turísticos (613 branded residences), de 10.000 m² para um hotel (153 qaurtos) e ainda 9.000 m² destinados a retalho. Ao todo são 115.506 m² potenciais de construção distribuídos por 21 lotes neste projeto Arade, cujo loteamento está já licenciado, estando neste momento em submissão os projetos de arquitetura.O portfólio Eleonor inclui ainda outros dois ativos na região de Lisboa. Inserido numa das zonas da capital com maior potencial de desenvolvimento, o Parque das Nações, terreno Olivais Sul prevê a promoção de um projeto de uso misto numa área bruta de construção de 88.891 m², distribuídos por 45.000 m² de escritórios, 25.000 m² de coliving (250 unidades) e 15.000 m² para retalho, além de 5.000 m² para equipamentos. Organizado em quatro lotes, o masterplan já foi submetido a licenciamento, prevendo-se que esteja aprovado em breve.A completar o portfólio, surge ainda o projeto Cabanas, um empreendimento de uso misto que nascerá junto ao campo de golfe homónimo, junto ao Tagus Park, em Oeiras, viabilizando a construção de cerca de 82.000 m² acima do solo, dos quais 41.000 m² para uso residencial, 38.000 m² para coliving e os restantes 3.000 m² para comércio, dando lugar á criação de até 1.077 unidades habitacionais com uma área média de 75 m². O município já deu luz verde ao projeto de loteamento, composto por 11 lotes, sendo que os projetos de engenharia para a infraestruturação também já foram submetidos, com o municipio a emitir um parecer positivo para a maioria dos projetos previstos.

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