Round Hill Capital reafirma aposta no imobiliário português

A existência de oportunidades atrativas de investimento e desenvolvimento imobiliário em Portugal é uma realidade da qual a Round Hill Capital está consciente, e por isso a empresa conta já no país com 2.866 quartos em residências de estudantes ou co-living (cerca de 1.666 em pipeline). É o que diz João Pita, Country Lead Portugal da Round Hill Capital em entrevista à VI, que atesta um ano de atividade muito positivo: «os indicadores e a ocupação têm sido excelentes». É o caso do Nido Campo Pequeno, em Lisboa, a mais recente residência de estudantes que a Round Hill Capital abriu em setembro, com 380 quartos. Foi o primeiro empreendimento desenvolvido de raiz em Lisboa, e «já temos fila de espera, o que demonstra a procura que existe para este tipo de soluções de alojamento». Também em setembro, abriu a nova residência Smart Studios da Asprela, no Porto, com 243 camas, e as reservas «estão a superar as nossas expetativas, o que nos dá confiança para avançar com o nosso restante pipeline nessa zona do Porto». «As nossas universidades têm vindo a fazer um percurso de internacionalização e atração de estudantes. Portugal é um destino que está na moda, onde conseguimos juntar um custo de vida atrativo, com qualidade de vida e de ensino, colocando Portugal no radar dos estudantes internacionais. Esta realidade veio potenciar o gap entre a oferta e a procura nesta área do alojamento para estudantes, na qual a Round Hill Capital está a atuar com soluções de qualidade», analisa João Pita.Apesar do aumento da pressão por parte da procura, «as barreiras à nova oferta podem ser um entrave ao investimento, e por isso estamos cautelosos quanto à avaliação dos riscos associados, como o licenciamento ou os custos de construção. Muitos investidores têm apetite para entrar no mercado, mas a equação financeira por vezes tem demasiado risco», explica. Smart Studios é integrada por €200M Uma das grandes novidades deste ano foi a aquisição da empresa portuguesa Smart Studios no verão, por cerca de €200M, com mais de 1.100 camas em pipeline e 820 em operação. João Pita partilha que «esta plataforma tem muito potencial e reúne um conjunto de fatores que nos interessa, que nos permitiu aumentar rapidamente a nossa presença em Portugal de 400 para 1.200 camas em operação, em apenas 9 meses». Lumino regista “procura avassaladora” Lançado em fevereiro de 2021, em pleno confinamento, o empreendimento Lumino, no Campo Pequeno tem os 97 apartamentos da 1ª fase praticamente todos vendidos. Este projeto de €150M registou «uma procura avassaladora, sendo 90% dos compradores portugueses». Em relação às restantes fases da oferta residencial, «a Round Hill Capital e a TPG Real Estate Partners venderam dois lotes a um promotor especializado para que este pudesse cumprir a última fase do plano de construção, uma decisão que reflete o compromisso desta joint venture em disponibilizar habitação de alta qualidade (e bastante precisa) em Lisboa». Arrendamento “será o nosso principal foco em Portugal”A RHC é experiente no segmento do arrendamento habitacional a nível global, e em Portugal, João Pita confessa que «temos muito apetite por esta área, e por isso o arrendamento será o nosso principal foco em Portugal», juntamente com a consolidação das residências de estudantes. A RHC assume-se atenta a novas oportunidades de investimento, e a preferência recai sobre «ativos concluídos e em operação, e parcerias com promotores imobiliários que tenham terrenos e queiram desenvolver para nós», num modelo integrado e flexível em que a Round Hill Capital pode utilizar a sua experiência como gestora de investimentos, gestora de empreendimentos e gestora imobiliária, permitindo-lhe ser o «parceiro financeiro com o compromisso de adquirir o ativo no final da construção». Neste momento, a RHC vai focar-se «na consolidação e incorporação da plataforma da Smart Studios». Seja como for, «estamos a olhar para novas oportunidades em Lisboa e Porto». «Continuamos atentos ao mercado, e vamos sempre considerar boas oportunidades», diz João Pita.

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