Atividade turística desceu perto de 90% em fevereiro

Atividade turística desceu perto de 90% em fevereiro
Quarto Iberostar

Mais um mês difícil para o setor do turismo em Portugal. Em pleno segundo confinamento, o setor do alojamento turístico registou um total de 208.200 hóspedes e 472.900 dormidas em fevereiro, descidas de -86,9% e 87,7% face a igual mês do ano passado.

Os números da Estatística Rápida da Atividade Turística, agora publicados pelo INE, revelam que fevereiro foi o terceiro mês com maior redução do número de dormidas desde o início da pandemia, apenas ultrapassado pelos meses de abril e maio de 2020, com descidas de -97% e -96%, respetivamente. O INE salienta que, devido à pandemia, não se realizaram os eventos associados ao Carnaval, e também que o mês teve 28 dias, menos um que em 2020.

Só as dormidas da hotelaria, que representam 70% do total, desceram -89,7%. As dormidas dos estabelecimentos de alojamento local, que representam 25,6% do total, desceram -78%.

Todas as regiões apresentaram descidas do número de dormidas superiores a 75%. As menores registaram-se no Alentejo, com -75,9%) e nos Açores (-78,1%). As mais significativas registaram-se na Madeira (-92,6%), no Algarve (-91,9%) e na Área Metropolitana de Lisboa (-88,5%). Lisboa representou 27,4% das dormidas, seguida pelo Norte, com 21,5%, pelo centro, com 14,6%) e pelo Algarve (14,5%).

Em fevereiro, as dormidas de residentes registaram uma descida de -74,8%, agravando a descida de -61% de janeiro. As de não residentes desceram -94,4%, que compara com os -87,2% do mês anterior.

Todos os 17 principais mercados emissores mantiveram descidas expressivas em fevereiro, representando 80,3% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico. Com destaque para o mercado canadiano (-99,2%), chinês (-97,4%), dos Estados Unidos (-97,3%), sueco (-96,8%), dinamarquês (-96,5%) e britânico (-96,3%).

61,8% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não receberam qualquer movimento de hóspedes, percentagem superior aos 57% de janeiro.