Centros comerciais mantêm compromisso de “adaptar e inovar para criar valor”

A conferência "APCC Summit - NextGen Retail Ecosystem" cumpriu integralmente o propósito de ser um momento de grande relevância para a agenda do setor do retalho organizado em Portugal. Organizado pela Associação Portuguesa de Centros Comerciais, a conferência decorreu esta quarta-feira, 11 de outubro, no LX Factory. Representando uma oportunidade única para os profissionais do setor, a conferência debateu tendências e desafios emergentes num momento privilegiado de partilha e networking.“Não é uma conferência para celebrar conquistas ou relembrar o que fizemos até hoje, mas sim sobre aquilo que temos de começar a fazer amanhã ”Na sessão de abertura do evento, Cristina Santos, Presidente da APCC, reiterou que o setor «quer continuar a investir, desenvolver-se, inovar e ir mais longe». A responsável considera que o comércio integrado português é uma «referência internacional para diferentes mercados e latitudes», algo que se deve ao modelo de negócio, «que construímos e que lutamos por preservar, pois tem provas dadas de sucesso», e, também, pelo «trabalho extraordinário dos responsáveis do setor» presentes na conferência. Neste sentido, o setor quer continuar a «adaptar e inovar para criar valor, pois é assim que nos tornámos uma referência».“Temos de envolver todas as partes do nosso ecossistema”A conferência visa responder a uma simples, mas complicada questão: «e agora? Temos toda esta tecnologia ao nosso redor, como melhor a podemos incorporar? Temos alterações nos padrões de consumo, o que devemos alterar? Temos clientes cada vez mais exigentes na experiência que têm, como podemos servir melhor?». Para isso, a presidente da APCC frisa que «não pode ser uma resposta isolada ou individual, temos de envolver todas as partes do nosso ecossistema», acrescentando que «pensamos na APCC como um agente da transformação e mudança, como também um agregador capaz de promover um trabalho em rede entre todos os elos desta indústria».Nuno Fazenda, secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, marcou também presença na sessão de abertura desta conferência. Assim como Cristina Santos, Nuno Fazenda aponta que «não temos de olhar para aquilo que fizemos no passado, mas sim olhar para o agora e o futuro». Em 2022, os centros comerciais deram a volta e superaram os resultados atingidos em 2019, com um aumento das vendas dos centros comerciais em 15% face a período pré-pandemia, relembra o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços.«O setor do comércio e dos serviços tem de ser assumido como uma prioridade, pois é um setor estratégico do nosso país e da nossa economia», neste seguimento, «temos vindo a desenvolver várias medidas de apoio ao comércio e ao retalho, no contexto do PRR onde foram aprovados mais de 130 milhões de euros para apoio ao comércio». Os centros comercias têm um impacto «muito importante na nossa economia: 120 mil postos de trabalhos diretos a ligados à atividade dos centros comerciais e de forma indireta 350 mil. Passam mais de 450 milhões de pessoas por ano nos centros comerciais do nosso país».“Não há desenvolvimento sem conhecimento e é aquilo que esta iniciativa traz”Embora os resultados positivos, Nuno Fazenda reforça que temos de pensar no agora e no futuro, assim sendo, partilhou cinco desafios que se colocam neste âmbito: transição climática; transição digital; experiência integrada; importância das qualificações e dos recursos humanos; responsabilidade social. O secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços completa que «não há desenvolvimento sem conhecimento e é aquilo que esta iniciativa traz».“Falar de centros comerciais é falar de história”O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deixou uma mensagem para todos os presentes na conferência: «Falar de centros comerciais é falar de história. O primeiro centro comercial foi fundado antes da democracia, o desenvolvimento deste setor esteve ligado à crescente abertura da nossa economia». Marcelo sublinha que os centros comerciais tiveram «um papel de relevo para acolher empresas portuguesas ou estrangeiras que se instalavam em Portugal».Houve desafios, sobretudo para o comércio local, mas de uma forma geral «é uma história de sucesso», afirma o Presidente da República, acrescentando que «em muitas cidades consideradas pequenas construíram centros de vida social». Com este programa da conferência "APCC Summit - NextGen Retail Ecosystem" «noto que continuam conscientes não só dos desafios atuais, como também das oportunidades. É preciso pensar a médio-longo prazo e ter a capacidade de agregar pessoas, como estão a fazer neste evento», enalteceu Marcelo Rebelo de Sousa.

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