Preço mediano das casas sobe 7,8%

Preço mediano das casas sobe 7,8%

O preço mediano das habitações em Portugal atingiu os 1.188 euros por metro quadrado no 4º trimestre de 2020 (últimos 3 meses), uma subida homóloga de 7,8% face a igual período do ano anterior, e de 1,7% face ao trimestre anterior.

Os números agora divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística mostram que no período em análise as três sub-regiões com os preços mais elevados eram o Algarve, com 1.809 euros/m², a Área Metropolitana de Lisboa, com 1.638 euros/m² e a Área Metropolitana do Porto, com 1.288 euros/m². Estas regiões registaram, simultaneamente, as taxas de variação homóloga mais expressivas do país, de 10,1%, 9,6% e 14,7%, respetivamente.

Tendo em conta a comparação entre a taxa de variação homóloga do 4º trimestre e a do 3º trimestre, houve uma aceleração dos preços da habitação superior à verificada no geral do país em 12 regiões NUTS III, incluindo o Algarve (2,4%) e a Área Metropolitana do Porto (1%). 12 sub-regiões registaram uma desaceleração dos preços, nomeadamente a Madeira (-8,5%) e a Área Metropolitana de Lisboa (-1%).

Por outro lado, nos 12 meses terminados no 4º trimestre de 2020, o preço mediano dos alojamentos familiares em Portugal subiu 2,4% face ao trimestre anterior e 9,9% face a igual período do ano anterior.

Segundo o INE, 16 dos 24 municípios registaram uma desaceleração dos preços entre o 3º e o 4º trimestre. 16 destes municípios pertenciam à AML, com destaque para Almada, com uma descida de -10,8%; e cinco à AMP, com destaque para a Maia, com uma descida de -6,4%.

Em 8 municípios, a variação das taxas homólogas entre os dois trimestres em análise foi superior aos 0,2% a nível nacional, com estaque para a variação de 6,5% da Amadora, ou dos 4,5% de Matosinhos e 4% de Braga e Cascais.

46 municípios registaram um preço mediano superior ao valor nacional, nomeadamente 14 municípios do Algarve e 15 da AML. A cidade de Lisboa registou o preço mediano mais elevado do país, de 3.377 euros/m².

Porto registou o maior crescimento homólogo de 21,2%

Tendo como referência os 24 municípios com mais de 100.000 habitantes, a cidade do Porto destaca-se com a maior taxa de variação homóloga dos preços da habitação, de 21,2%. Lisboa registou uma variação homóloga nula no 4º trimestre do ano (últimos 3 meses).

A Invicta registou também o maior crescimento face ao período homólogo dos 12 meses terminados no 4º trimestre de 2020, e o maior crescimento trimestral, de 6,3%. Braga (9,1%), Coimbra (7,6%) e Lisboa (4%) registaram os menores crescimentos relativos.

Neste período, a União de Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória registou o maior crescimento homólogo dos preços na cidade, de 22,8%, com um preço mediano de 2.503 euros/m².

A União de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde apresentou o preço mediano mais elevado (2 888 euros/m²) entre as sete freguesias da cidade, apesar de ter registado uma taxa homóloga (+15,9%) inferior à observada na cidade do Porto.

Preços descem em 9 freguesias de Lisboa

Nos 12 meses terminados no último trimestre de 2020, Santa Clara, Olivais, Benfica, Lumiar, Marvila, Alcântara, Penha de França, Ajuda e São Domingos de Benfica, registaram preços e taxas de variação homólogas inferiores às da cidade.

Santa Clara (-10,7%), Ajuda (-6,4%), Alcântara (-5,2%), Marvila (-2,2%) e Benfica (-0,6%) registaram uma diminuição dos preços de habitação face ao período homólogo, a par de Avenidas Novas (-6,3%), Parque das Nações (-3,9%), Campo de Ourique (-3,8%) e Misericórdia (-1,2%).