Venda de portfólios NPL aproxima-se dos €94.000M na Península Ibérica

Venda de portfólios NPL aproxima-se dos €94.000M na Península Ibérica

 

Esta é uma das principais conclusões reveladas pela Prime Yield no seu mais recente estudo “Investing in NPL in Iberia 2018: a two way opportunity market”, apresentado na NPL Iberia Conference, que avalia o potencial do mercado ibérico de NPL. Tratam-se de dois países ainda fortemente penalizados pela questão da resolução de Non-Performing Loans, exibindo respetivamente um dos maiores rácios (11,7% em Portugal) e um dos maiores stocks (74.800 milhões de euros).

Estes são atualmente dois dos principais destinos para os investidores, sendo que a Prime Yield prevê que, só na Ibéria, serão transacionados portfólios no valor de 94.000 milhões de euros este ano. A venda deste tipo de portfólio deverá crescer a um ritmo médio de 15% a 20% entre 2018 e 2019 em Portugal, ao longo dos quais poderão ser transacionados entre 6.500 a 7.000 milhões de euros, 3.500 milhões dos quais já este ano. Em Espanha, a estimativa é que cresça o montante médio investido por portfólio, que se situa agora entre os 1.000 milhões e os 1.500 milhões, o que compara com os 400 a 800 milhões transacionados anteriormente.

«O mercado de NPL na Ibéria apresenta dois tipos de oportunidade muito interessantes para os investidores, com diferentes fases de desenvolvimento, retornos e competitividade de bidding. Enquanto Espanha é um mercado mais maduro, onde a transação de portfólios deste tipo de ativos deverá continuar a disparar, Portugal tem vindo a emergir no mapa Europeu de forma mais lenta, mas está agora preparado para descolar em força. E com o crescente interesse dos investidores globais quer por este tipo de ativos quer pelas geografias do Sul da Europa, 2018 poderá trazer quase 94.000 milhões de vendas de NPL à Ibéria. E no próximo ano devemos assistir ao acelerar quer no ritmo das vendas quer do volume dos portfólios transacionados», comenta Nelson Rêgo, CEO da Prime Yield.

O responsável continua ainda que «além disso, e atendendo ao facto de Espanha ser um mercado mais maduro que Portugal neste campo, fazendo com que por um lado as rentabilidades devolvidas aos investidores sejam hoje mais moderadas e que, por outro lado, a concorrência pelos melhores ativos também seja mais forte; é expectável que um número crescente de players especializados comece a desviar as suas atenções para o nosso país, impulsionando fortemente a venda deste tipo de carteiras até ao final do próximo ano», acrescenta.