Empresas não ocupavam tantos escritórios desde 2008

Empresas não ocupavam tantos escritórios desde 2008

 

Os números são agora divulgados no Office Flashpoint, da JLL, segundo os quais apenas em 2008, ano de pico do mercado, a ocupação foi superior ao total de 2017. No ano passado, a ocupação cresceu 13% face ao ano anterior, e representa uma recuperação de 112% face ao pico mais baixo do mercado, atingido em 2013.

Em 2017, o Prime CBD, a zona histórica e Ribeirinha e o Corredor Oeste retiveram a maior parte da absorção, cerca de 75% da área negociada, em partes praticamente iguais. No total do ano, foram concluídas 248 operações, numa área média de 666 m². Só em dezembro foram colocados 10.386 m², menos 65% que no mês anterior e que em dezembro de 2016, correspondentes a 14 operações.

Só a JLL contribuiu com uma quota de 39% na colocação de escritórios ao longo do ano passado. Mariana Rosa, diretora de Office Agency da JLL, explica que «a atividade do mercado foi a mais elevada dos últimos 9 anos e acredito que só não foi ainda mais elevada, devido à falta de produto com qualidade no mercado».

A responsável destaca que «este será, aliás, um dos principais desafios para os próximos dois anos, já que do lado da procura, o interesse mantém-se e deverá mesmo acentuar-se. Estão previstos apenas 105.000 m2 de novos escritórios nos próximos dois anos, incluindo área já com contratos de pré-arrendamento, e o mercado vai continuar a registar procura quer por parte das empresas nacionais quer por parte de multinacionais, especialmente nas áreas de call centres e back office».