Iberian REIT Conference juntou mais de 200 especialistas para discutir o imobiliário cotado

Iberian REIT Conference juntou mais de 200 especialistas para discutir o imobiliário cotado

 

Espanha conhece agora um mercado de SOCIMIs que está a passar por um momento decisivo, dado a maturidade e consolidação deste mercado, depois de um crescimento muito rápido e significativo a seguir à crise, que deu o boost necessário à recuperação do imobiliário espanhol. Estes veículos têm, aliás, uma importância reconhecida nas grandes operações de reconversão e desenvolvimento urbano. Esta foi uma das principais tendências identificadas na conferência organizada pela European Public Real Estate Association, que reúne 80% dos REITs europeus, e pela Iberian Property, marca editorial da VI.

A presença portuguesa no evento testemunhou como um setor em crise e à partida pouco atrativo pode dinamizar-se com o investimento estrangeiro. Falta a implementação de legislação para criação de REITs em Portugal, mas até lá o país não deixa de estar no mapa dos investidores globais.

Para os especialistas do mercado imobiliário, estes veículos de investimento são vantajosos, e têm cartas dadas em Espanha, como comprovaram os representantes das principais SOCIMIs espanholas que participaram no evento. Acreditam que a sua implementação permitiu um mercado mais transparente e profissional. Além disso, investir em imobiliário cotado é hoje mais rentável e seguro que outras opções aparentemente mais conservadoras, num ciclo imobiliário também ele mais favorável, consideram os investidores.

 

SOCIMIs têm olhos postos em Portugal

As SOCIMIs espanholas como a Merlin Properties ou a Hispania assumem-se interessadas em Portugal, onde procuram ativamente por oportunidades de investimento e um meio para a sua expansão internacional.

Durante a Iberian REIT Conference, o líder da Merlin, Ismael Clemente, afirmou que a empresa especializada em escritórios quer fazer aquisições em Portugal num futuro próximo. Vai, aliás, limitar a sua expansão internacional ao nosso país, por enquanto, onde já tem vários escritórios ou um centro comercial. Pretende somar ao seu portfólio ativos comerciais.

Por outro lado, Cristina García-Peri, diretora geral da Hispania, especializada em hotelaria, assumiu-se também interessada no mercado português, que «partilha de muitas das caraterísticas do mercado espanhol» no que concerne a indústria turística, e é um destino «seguro e com preços atrativos», cita o La Vanguardia.