Louvre Properties quer duplicar carteira de projetos em Lisboa

Louvre Properties quer duplicar carteira de projetos em Lisboa

Tanto que, os planos da empresa luso-francesa passam por duplicar o número de projetos em carteira, passando dos atuais cinco para dez até ao final deste ano, revelou esta segunda-feira Augusto Homem de Mello, diretor de vendas e de marketing.

Até agora, a empresa já investiu 35 milhões em Portugal, aplicados na compra dos cinco ativos em carteira e nas obras dos dois projetos que já tem em conclusão, os edifícios Scenic e o Alexandre Herculano 41. Um valor que «garantidamente vai continuar a crescer nos próximos meses, e que pode mais do que duplicar em relação ao montante atual», disse Augusto Homem de Mello, embora sem especificar qual o volume adicional de investimento projetado até ao final do ano.

A Louvre Properties é o novo nome da Louvre Capital, fundada em 2015 por dois sócios, o português Paulo Loureiro e o francês Jean-François Buret, que se dedicam ativamente à captação de capital junto de investidores internacionais para desenvolver os projetos em carteira na cidade de Lisboa. «Trabalhamos sobretudo com equity, e a maioria do capital que captamos tem origem norte-americana e europeia, embora também já estejamos a trabalhar com capital oriundo de Hong-Kong», especificou o diretor de vendas. Sublinhando que «até agora não tem sido difícil atrair capital estrangeiro para investir no nosso país», Augusto Homem de Mello conta que «cada um dos nossos projetos tem um ADN investidor diferente. E, um dos trabalhos mais importantes que os nossos partners estão neste momento a desenvolver é, precisamente, o de diversificação da carteira de investidores internacionais com que trabalhamos».

«Até ao final deste ano vamos continuar a investir na aquisição de novos ativos, que podem ser edifícios de outros usos desde que tenham potencial para reconversão para fins residenciais», revelou o diretor comercial. «Desde o primeiro momento que o nosso posicionamento foi a reabilitação para o mercado residencial de luxo», mas agora «a grande novidade é que vamos investir também em terrenos, pois queremos apostar em construção nova e alargar o nosso foco de atração», contou Augusto Homem de Mello.

Nesta fase «estamos disponíveis para acompanhar um projeto com um ticket de até 20 milhões de euros», revelou o responsável, esclarecendo que no futuro «incluindo já a obra, não prevemos gastar mais de 50 milhões de euros por projeto, pois isso já implica uma intervenção de grande escala para o nosso mercado. E nós queremos manter a independência dos nossos projetos».

Lisboa continuará a ser o foco da estratégia da Louvre Properties, mas «eventualmente, no futuro o nosso caminho poderá passar também por Cascais e pelo Porto».

 

Cascais e Porto também estão no horizonte

Totalizando uma área bruta de construção residencial superior a 17.000 m², atualmente a carteira da Louvre Properties integra os empreendimentos Alexandre Herculano 41 e Scenic, em fase de construção, e o Rodrigo da Fonseca 11 e Rosa Araújo 12, em fase de projeto, bem como um quinto ativo no bairro de Campo de Ourique. Dentro de poucas semanas deverá juntar-se a estes um sexto ativo também em Lisboa, já em fase final de negociação.

Até à data, a empresa já encaixou 50 milhões de euros em faturação. Um resultado impulsionado pela venda da totalidade do Alexandre Herculano 41, ainda em obra e cujos 21 apartamentos foram comercializados há dois anos a um preço médio de venda em torno dos 5.500 €/m², tendo como principais compradores cidadãos estrangeiros, oriundos do Brasil, Turquia e França.

Já no caso do Scenic, fruto da reconversão do antigo edifício do DCIAP, já estão vendidos 23 dos 26 apartamentos disponíveis, com os preços a rondar os 7.000 €/m². Com conclusão prevista para o próximo verão, este edifício está a ser procurado sobretudo por portugueses, que adquiriam 85% dos apartamentos já comercializados.

Até ao final do primeiro semestre, a Louvre Capital prepara-se para lançar as duas obras seguintes, os edifícios Rodrigo da Fonseca 11 e o Rosa Araújo 12, mantendo o mesmo posicionado para o mercado residencial de luxo.