Preços das casas deverão continuar a aumentar, diz Fitch

Preços das casas deverão continuar a aumentar, diz Fitch

Num relatório divulgado este mês, a Fitch notou que «a procura por habitação regressou, apoiada pela retoma do crédito bancário e pelo ambiente de baixas taxas de juro», cita o Negócios, o que levou os preços a igualar valores de 2011, antes da entrada da troika no país. Por outro lado, o número crescente de construções novas desde o final de 2014 têm animado o mercado.

Perante este cenário, a Fitch espera «que os preços das casas tenham subidas moderadas em 2017 e em 2018, impulsionados por um ambiente macroeconómico estabilizado e pelo regresso gradual do crédito a custos comportáveis no mercado imobiliário residencial». O desemprego, «a questão demográfica e a elevada quantidade de casas vazias» são alguns dos possíveis constrangimentos apontados pela agência.

Por outro lado, a abertura ao crédito deverá continuar, num «cenário económico mais estabilizado» e devido ao «aumento de concorrência» dos bancos. A agência prevê que, apenas em 2018, o valor do novo crédito concedido vai ultrapassar o montante de crédito que é amortizado.

As taxas do crédito à habitação deverão permanecer perto de 2% nos próximos anos, «tendo em conta os objetivos de rentabilidade dos bancos, e o facto de não ser esperado que o BCE altere as suas taxas no futuro próximo», pode ler-se no mesmo relatório.