«Não há recursos humanos suficientes para trabalhar na hotelaria», apontou Cristina Siza Vieira, da AHP, durante o 14º Fórum Internacional de Turismo, que decorreu esta semana em Vila Nova de Gaia.
Joaquim Ribeiro, vice presidente da AHRESP, questionou neste mesmo fórum que «se crescemos assim tanto, se o negócio do turismo está a dar assim tanto dinheiro, porque é que se reclama tanto que os profissionais da hotelaria não estão a ganhar aquilo que deviam?», apontando que os empréstimos pedidos pelos empresários durante a crise podem estar na base deste problema: «há uma tendência para esquecer que muitos destes negócios que cresceram ao longo de cinco anos ainda estão a pagar as dívidas que fizeram».
Este responsável acredita que a imigração poderá ser a resposta para este que é «um os problemas mais graves que temos», admitindo que «temos que dignificar as carreiras, pagar melhor». Pede «um trabalho profundo entre as associações, sindicatos e Governo» para que «este negócio seja sustentável», cita o Negócios.
Por outro lado, maior flexibilidade laboral é o que defende a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo. Pedro Costa Ferreira considera que «enquanto não houver menor dependência dos subsídios por parte dos empresários, menos impostos e mais flexibilidade laboral, não haverá melhor investimento e não haverá melhor e mais turismo», cita a mesma fonte.