AM Lisboa desbloqueia projeto nas Amoreiras

AM Lisboa desbloqueia projeto nas Amoreiras
TERRENO DO NOVOBANCO NAS AMOREIRAS.

Foi aprovada pela Assembleia Municipal de Lisboa, esta terça-feira, a revogação do Plano de Pormenor da Artilharia 1, aprovação que permite libertar as obras de urbanização do terreno de mais de 10 hectares que o Novobanco tem nesta zona junto às Amoreiras.

A revogação do Plano de Pormenor da Artilharia Um (PPAU) foi aprovada com os votos contra de BE, Livre, PEV, PCP e dois deputados independentes do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), e os votos a favor de PS, PSD, PAN, IL, MPT, Aliança, CDS-PP e Chega.

«Hoje faz-se história na vida do urbanismo da cidade de Lisboa, porque finalmente podemos qualificar uma zona há muito esquecida», afirmou a vereadora do Urbanismo, Joana Almeida, citada pelo Observador. Recorde-se que, em dezembro, a proposta foi aprovada pelo executivo municipal, sob presidência de Carlos Moedas.

Está em causa um terreno de aproximadamente 10,9 hectares em Campolide, com as confrontações, a norte, da Rua Marquês de Fronteira; a sul, a Avenida Engenheiro Duarte Pacheco; e a ponte, a Avenida Conselheiro Fernando de Sousa e a Rua de Campolide; e a nascente, a Rua Artilharia Um. Este terreno faz parte do “Projeto Eleanor”, que inclui outros ativos imobiliários, e que o Novobanco pretendia vender por cerca de 365 milhões de euros, mas que adiou devido à falta de propostas vinculativas satisfatórias, o que estaria relacionado com riscos de licenciamento.

Este lote das Amoreiras tem um potencial de construção de mais de 133.000 metros quadrados, distribuídos por 6 lotes de habitação com 683 fogos previstos, além de um lote para serviços para escritório ou hotelaria – um potencial investimento entre os 600 e os 650 milhões de euros.

A partir do momento que o Plano de Pormenor da Artilharia Um (PPAU) é revogado, os serviços da câmara municipal vão apreciar «uma proposta já trabalhada no sentido de qualificar toda aquela zona», adiantou a vereadora Joana Almeida, referindo que, em relação ao antigo projeto, prevê-se «mais área de construção para habitação», uma área verde aberta ao bairro, mais equipamentos públicos e uma zona muito mais permeável.

Joana Almeida referiu ainda que a proposta será trabalhada em conjunto com o presidente da Junta de Freguesia de Campolide, Miguel Belo Marques (PS), que se pronunciou a favor da revogação do PPAU.