Novobanco adia venda do “Projeto Eleanor”

imagem do terreno das amoreiras
Nas Amoreiras podem ser construídos mais de 133.000 metros quadrados

A venda do “Projeto Eleanor”, um negócio de 365 milhões, é adiada pelo Novobanco. Estava inicialmente previsto que esta venda fosse fechada até 30 de novembro, mas os investidores interessados não terão avançado com propostas vinculativas satisfatórias, avança o Jornal Económico.

Apresentado no final de maio deste ano, este portfólio é composto por quatro ativos imobiliários, dois em Lisboa e dois no Algarve, numa área global de 400.000 metros quadrados, e um volume potencial de vendas de 2.000 milhões de euros. O potencial de investimento é calculado em 1.100 milhões de euros.

Os dois projetos de Lisboa dizem respeito a um grande terreno na zona das Amoreiras e outro na zona dos Olivais. Destaque para o projeto das Amoreiras, um terreno com potencial de construção de mais de 133.000 metros quadrados, distribuídos por 6 lotes de habitação com 683 fogos previstos, além de um lote para serviços para escritório ou hotelaria – um potencial investimento entre os 600 e os 650 milhões de euros.

Na zona de Olivais Sul, inclui-se um projeto de uso misto, com potencial de construção de 90.000 metros quadrados, distribuídos por 4 lotes, num total de 356 fogos, 45.000 metros quadrados de escritórios, 15.000 metros quadrados de retalho e 5.000 para equipamentos.

No Algarve, os terrenos situam-se em Lagoa e Portimão. O terreno de Benagil tem potencial construtivo de 59.000 metros quadrados, e está previsto o desenvolvimento de um eco-resort com hotel, Branded Residences e vivendas, com equipamentos.

Em Portimão, o terreno junto ao rio Arade, junto à Marina, prevê o desenvolvimento de um projeto de uso misto de grande esclaa, com potencial construtivo de 116.000 metros quadrados, viabilizando a criação de 58.000 metros quadrados de habitação (652 fogos) 39.000 para apartamentos turísticos (613 Branded Residences) e 10.000 para um hotel de 153 quartos, além de 9.000 metros quadrados de retalho.

Os projetos de maior dimensão apresentarão alguns riscos de licenciamento urbanístico significativos, cita o Eco, nomeadamente o terreno das Amoreiras. O Económico avança que poderão ser agora vendidos em separado, mas só no próximo ano.

De recordar que, entre os interessados no “Projeto Eleanor” estavam a Bain Capital, a Kronos, a Vanguard Properties, a Quest Capital, a Sixth Street e a Norfin.