Ocupação de escritórios desceu 36% em Lisboa

Ocupação de escritórios desceu 36% em Lisboa

A capital registou uma das maiores ocupações do ano, a ocupação de 10.000 metros quadrados da K-Tower pela Critical TechWorks.

No mês de abril, o desempenho do mercado de escritórios em Lisboa e Porto continuou a sofrer com o contexto pandémico. Foram colocados 12.500 metros quadrados de escritórios no mercado de Lisboa, e 1.700 no Porto.

Segundo o Office Flashpoint da JLL, na capital regista-se assim uma redução mensal de 36% no take up, num total de 7 operações.

Ainda assim, o mercado acolheu uma das maiores operações do ano, nomeadamente a ocupação de 10.000 metros quadrados da K-Tower, no Parque das Nações, pela Critical TechWorks, operação mediada pela consultora, e que representa cerca de 80% da atividade mensal deste mercado. O take up médio subiu para 1.800 metros quadrados, e o Parque das Nações foi, assim, a zona mais dinâmica do mês.

Mariana Rosa, Head of Leasing Markets Advisory da JLL, comenta que «nesta altura em que a pandemia tem pressionado os níveis de ocupação, esta operação traz confiança ao mercado de escritórios, pela sua dimensão e por envolver um projeto que não tem disponibilidade imediata. É uma prova de que a procura é real e que as empresas acreditam na recuperação da economia. Num contexto em que a oferta nova de qualidade disponível continua bastante reduzida, é previsível que continuemos a assistir a operações de pré-arrendamento, especialmente para áreas de grande dimensão».

Por outro lado, no Porto a ocupação de 1.700 metros quadrados manteve-se em linha com o mês anterior, num total de, também, 7 operações, todas elas com áreas inferiores a 1.000 metros quadrados, o que se traduziu numa área média por operação de 240 metros quadrados. A Zona 5 – Outros Porto foi a mais dinâmica do mês, concentrando 44% da atividade, seguida da Zona 1 – CBD Boavista, com 30% da atividade.

No acumulado de janeiro a abril, a ocupação atingiu os 42.000 metros quadrados em Lisboa, -43% face a igual período do ano passado (que incluiu ainda meses “pré-pandemia”), num total de 23 operações. No Porto, foram tomados 5.000 metros quadrados, menos 78% que no primeiro trimestre de 2020, correspondentes a 15 operações.