Vendas nos centros comerciais outlet subiram 11,3% no 1º semestre

Vendas nos centros comerciais outlet subiram 11,3% no 1º semestre
Fotografia de Arseny Togulev, Unsplash.

No primeiro semestre, observou-se um forte desempenho dos centros comerciais europeus de segmento outlet, destacando-se dos demais formatos do setor do retalho. De acordo com os novos dados da Cushman & Wakefield, registou-se um crescimento de vendas de 11,3% em relação ao primeiro semestre de 2019, e de 16,9% em relação ao mesmo período de 2022.

A resiliência do setor está comprovada em toda a Europa, com destaque para o Reino Unido. Este mercado registou um crescimento das vendas de 9,9% em relação ao primeiro semestre de 2019, mesmo num cenário de alguma retração da procura por parte dos consumidores e a eliminação do reembolso do IVA.

Península Ibérica registou recuperação muito positiva

A Península Ibérica registou uma recuperação muito positiva, beneficiando do regresso dos turistas internacionais, bem como do lançamento de novas rotas no período de verão entre o continente americano e algumas cidades regionais, com um aumento de 18,7% nas vendas desde 2019.

De acordo com a consultora, esta evolução está em linha com a recuperação positiva da região após a pandemia em todos os segmentos de retalho, sustentada por um forte mercado ocupacional.

O aumento das vendas em toda a Europa ocorre apesar de o número de visitantes ter registado uma ligeira queda em relação a 2019 (-1,4%). No entanto, o crescimento em 2023 face a 2022 reflete uma forte recuperação, com a Alemanha (+16,5%), a Europa de Leste (+7,7%), França e os Benelux (+13,5%), Suíça, Itália e Áustria (+15,4%) e a Península Ibérica (+12%), a registarem um crescimento de dois dígitos.

Tiago Pereira, Associate de Capital Markets na Cushman & Wakefield, salienta «os números sólidos do segmento Outlet, com especial destaque para o desempenho Ibérico, mostram que este formato comercial segue de forma clara a tendência de crescimento de vendas também observada em Centros Comerciais e Retail Parks. A recuperação excecional dos níveis de turismo face aos anos prépandémicos, a abertura de novas rotas aéreas e um mercado ocupacional forte e dinâmico alicerçam este crescimento e comprovam a resiliência deste formato».